domingo, 25 de agosto de 2013

Nessa parede de madeira já preguei muita mágoa
Já soltei muita lágrima, já fumei muito cigarro
Esperneei, refleti e até batuquei um som ou outro
E a madeira já sumiu de tanto prego que enfiei

Uns vinham só pra ver, outros vinham papear
E havia quem viesse pra tentar analisar

Tanto se viu, tanto se fez, tanto se falou que até desfez
A vontade, a sinceridade, a liberdade de poder contar
Ou soletrar, ou pontuar, ou só deixar em suspensão, simplesmente... fuff...
Cada ponto é um sintoma de uma doença doutro alguém

Douto alguém

Atribuída a mim, ou à parede de madeira
Ou à muralha de pregos, ou ao adorno improvisado
Que fizeram, de pedras rachadas no chão
Da realeza que precisa projetar a frustração

E que não sabe que a doença está em crer no deus felicidade
Que a ambição da nova geração não é mais a eternidade
Viver a vida já está bom se puder ser sem se matar aos poucos