segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um homem saiu na rua, virou a esquina e tomou dois tiros na cabeça. Seu filho recebeu a notícia, saiu correndo, tropeçou e caiu de uma ponte. Morreu. A mulher que assistia se assustou. Enfartou. Morreu. O cachorrinho da senhora saiu correndo. Foi atropelado. Morreu. O carro que tentou desviar bateu na porta de um outro que vinha cruzando. Capotou três vezes. Morreu e matou o motorista do outro carro. Um chinês morreu. Não sei porque, mas com certeza um chinês morreu neste minuto. Um avião caiu. Todos morreram. Ele caiu no centro de São Paulo. Várias pessoas morreram também. Várias pessoas receberam a notícia das mortes. Várias enfartaram. Muitas se mataram. Algumas se revoltaram e saíram na rua atirando. A polícia não gostou. Saiu atirando também. A população se revoltou e começou a matar policiais e civis com tacos de basebol, canivetes, pedaços de pau, flechas envenenadas, lanças, arpões de pesca, pás, garrafas de vinho quebradas, alicates, cortadores de unha, vassouras, cadeiras, serras elétricas, mordidas. A notícia foi se espalhando e o mundo inteiro se matou. Acabou a raça humana. Fim.

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