quinta-feira, 15 de março de 2018

Mestres de festim

Passei da fase em que baixava a cabeça. Já neguei verdades de quem jamais imaginei contrapor. E algumas vezes já estive certo. Já tive aula com mestres que jamais imagino superar. Não nas especificidades às quais estes se propõem a estudar. Já conheci gênios incapazes de escrever um texto. Já conheci magníficos hipócritas, incapazes de fazer uma palavra do que dizem. Ainda assim, magníficos. O que fica de tudo isso é que tudo o que aprendi, para o honesto ou para o vil, me foi passado por pessoas que nada intencionavam passar. Por gênios que imaginavam nada saber. Por mestres que queriam um dia, talvez, saber algo sobre alguma coisa. As vagas de mestres na minha vida já estão ocupadas. E vão aos poucos sendo ocupadas por um ou outro ignorante de sua própria grandeza. Não há possibilidade alguma, pois, de me ver novamente subordinado a algum especialista acadêmico, de me ver obrigado a um mestre conhecedor da natureza humana por meio de livros. Pouco me toca o conhecimento adquirido pela simulação, o conhecimento de festim. E pouco me importa o "gênio" de quatro anos. Formado, diplomado. Nada menos do que uma longa vivência forma um mestre. Só há um ignorante que tem o direito de obscurecer meus pensamentos. E este sou eu. Fora isso não quero verdades de ninguém menos que um humilde.

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